Eu me vejo tanto nele, mas não na aparência, pois apesar de todos alegarem que o meu irmão é a minha cara. Vejo nele alguns pontos de minha personalidade, analiso e percebo sua extravagância e teimosia. Percebo também a sua preocupação com os outros, seu imenso carinho pelas pessoas que ele gosta. E o que mais vejo é que João não leva desaforo para casa e olha que ele só tem 7 anos. Digo que os genes nos une e nos separa ao mesmo tempo, somos de mundos totalmente diferentes, temos nove anos de diferença na idade, ele é homem, eu sou mulher, ele está aprendendo a ler agora e eu escrevo textos enormes como esse. Então, ele é igual á mim ou diferente? Tudo depende de como vemos o fato. Somos sim, muitos diferentes e muitos iguais (e eu uso muitos paradoxos).
Vejo que a saudade e a falta paterna nos une, o sangue, os laços familiares e o tão citado por mim, o amor. Sou estressada, grito, brigo, e desconto meus problemas nele e sinto que no fundo, fico comovida e triste por tudo que fiz. Ele é um presente que eu ganhei, um presente que muitas vezes, eu deixo de lado, não usufruo. Não brinco, porém morro de ciúmes. Uma pessoinha que eu agradeço muito á Deus por ter colocado na minha caminhada terrena e peço que esteja sempre comigo, pois sei que nunca viverei bem se um dia, a sua linda gargalhada ou a sua imensa preocupação por mim me faltarem. Minha pequena criança, a mais linda do mundo!
Quando ficar maior e ler isso que escrevo, saiba que eu o amo muito, demais para ser definido. De uma maneira protetora, digo-lhe que te ver nascer e crescer, vêm sendo uma coisa maravilhosa de se presenciar e que estarei sempre contigo, quando quiser e quando precisar.
Sarah Oliveira!
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