13 de agosto de 2013

Não vou até lá para desistir

Aquela minha velha história de se adaptar a todas às situações, coisa e tal, lei de Darwin, seleção natural. Essa coisa que eu gosto de manter como um LEMA.
O problema é que agora eu estou fazendo isso com muito mais rapidez e de uma maneira que não me agrada. Eu tô em clima constante de despedida.  Despeço-me dos meus amigos, visitando-os, mas nunca deixando claro que estou indo embora, que aquilo ali é um adeus. Afinal, eles não precisam saber de fato. Eu digo nas entrelinhas e espero que um dia percebam. Despeço-me dos meus familiares, começo a pensar distante, começo a me isolar, para eles verem que isso vai se tornar mais comum nos próximos meses, quem sabe, próximos 4 anos. Faço isso para minha mãe perceber que eu não vou 'só passar uma chuva'. Eu faço para ela ver que é verídico. Que sua pequena menina, agora é uma mulher que quer voar, mesmo que doa, mesmo que no bater de asas precoce, ela se machuque. Mas é assim que se aprende a ganhar o mundo.
Choro ouvindo músicas como Até o Fim, Encontros e Despedidas, Walk in the sun. Choro como se estivesse a 840 km de todos. Choro para ver se quando eu realmente estiver longe, eu não necessite gastar tantas lágrimas. Mas sei que é perda de tempo e ganho de tristeza. 
Despeço-me da minha casa, que tanto me conforta. Do meu quarto, da minha cama quente, das minhas memórias guardadas numa caixinha, que parece crescer cada vez que eu passo por uma experiência nova. Despeço-me dos meus livros, embalo todos eles em papel filme.
Mas que coisa chata essa... Ficar sofrendo sem ter uma dor. AINDA. Eu e minha mania de sofrer antecipadamente. Pensando nas coisas que não irei fazer, enquanto ainda tenho dois meses para fazer tudo isso. Penso nas responsabilidades que deixarei para trás e as outras, MAIORES ainda que terei que enfrentar lá fora.
É difícil viver assim. Mas eu sei que aguento. Eu não mudo meus pensamentos, nem meus princípios. 
É o meu futuro que me espera.
É ele que me chama, para correr por ele e para ele, sem olhar para trás.
O 'TRÁS' é muita coisa. Coisa que eu não abro mão.
Mas se tudo for realmente meu, sei que voltará para minhas mãos. Pelos mesmos dedos em que escorreram. Quando eu estiver de volta.



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